Radioablação de Osteoma Osteoide
O osteoma osteoide é um dos tumores ósseos benignos mais comuns. Apesar de ser uma lesão pequena, pode provoca dor e limitação significativas.
O tratamento do osteoma osteoide por muito tempo foi baseado na cirurgia para ressecção do tumor. Mais recentemente surgiram técnicas percutâneas (que não precisam de cirurgia) com eficácia e segurança comprovadas por vários estudos científicos. Estas surgiram como alternativa à cirurgia, utilizando menos recursos, provocando menos efeitos colaterais e permitindo uma recuperação mais rápida.
Entre as técnicas percutâneas atualmente disponíveis, a que mais se destaca é a ablação por radiofrequência (radioablação), aplicada pela primeira vez com sucesso no tratamento desta lesão em 1992. Esta técnica apresenta significativas vantagens em relação à cirurgia, sendo atualmente o procedimento de destruição percutânea mais aceito.
A ablação por radiofrequência é minimamente invasiva, segura, podendo ser realizada com anestesia local, regional ou sedação. Permite a destruição do nidus sem excisão significativa do osso adjacente. Deve sera realizada na sala de tomografia computadorizada para aumentar a precisão da inserção da agulha no interior da lesão.
A internação é de curta duração, em média 12 horas, a recuperação é rápida e tanto as complicações como as recidivas são raras.
O planejamento do procedimento deve ser cuidadoso para evitar complicações.
Após a inserção do eletrodo no interior da lesão, o gerador de radiofrequência é programado para atingir a temperatura de 90oC por 6 minutos, destruindo desta forma o tumor.
É importante que seja realizada por especialistas para evitar complicações como queimadura da pele, nervos e vasos sanguíneos.
As taxas de sucesso variam de 80% a 100% com menos complicações do que a cirurgia convencional. As principais vantagens do método são possibilitar uma rápida recuperação, menor risco de fratura, baixas taxas de complicações e de recidiva e elevada eficácia na destuição do tumor.